BRASIL:Confronto entre PM e manifestantes deixa marcas de destruição na Zona Oeste de SP

Oito agências bancárias, pontos de ônibus e restaurante foram depredados. Polícia Militar informou que 39 pessoas foram detidas de todo o Estado durante as manifestações.

Quem passou pela manhã deste sábado na região da Praça Panamericana, Zona Oeste de São Paulo, pode ver as marcas do confronto entre policiais militares e manifestantes na noite desta sexta-feira (28): cápsulas de bombas de gás lacrimogêneo usadas pela polícia, paredes de casas e estabelecimentos comerciais pixados, pontos de ônibus destruídos, lixo e entulho queimados no chão.


Manifestantes foram do Largo da Batata até a frente da casa do presidente Michel Temer, onde houve o confronto com a polícia. Os policiais atiraram bombas, balas de borracha e jatos d'água para dispersar o protesto.


Alguns manifestantes picharam muros, montaram barricadas e quebraram vidraças. Ao menos oito agências bancárias foram quebradas, além de uma concessionária da Audi, restaurante e janelas de supermercados.


A Polícia Militar informou que 39 pessoas foram conduzidas a delegacias de todo o Estado durante as manifestações. Destas, 26 foram responsabilizadas por delitos. Três policiais e dois civis ficaram feridos, todos no interior. Na Capital e Grande São Paulo, o último levantamento era de 21 detidos.
Vidros de agência do Banco do Brasil foram quebrados (Foto: GloboNews/Reprodução)

Confronto

O conflito começou porque a polícia pediu que manifestantes se afastassem do gradil da casa de Temer, mas não foram atendidos, segundo a GloboNews. O presidente estava nesta sexta em Brasília.



Os manifestantes se reuniram no Largo da Batata, em Pinheiros, também na Zona Oeste, nesta tarde. Logo depois, grupos que haviam se formado mais cedo na Avenida Paulista, na Praça da Sé e no Viaduto do Chá se encontraram com o ato que se formou no Largo da Batata.


De lá, partiram em direção à casa do presidente. Segundo Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), 70 mil pessoas participam do ato. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) estimou 50 mil manifestantes.
Cáspula de bomba de gás lacrimogêneo usada pela polícia (Foto: Celso Tavares/G1)
No caminho, mascarados depredaram agências bancárias. Pouco antes das 20h, os manifestantes chegaram na praça onde fica a casa do presidente. Por segurança, foram instalados gradis e a Polícia Militar fez a segurança do local.
Banco depredado na Avenida Pedroso de Morais (Foto: Glauco Araújo/G1)
Banco depredado na Avenida Pedroso de Morais (Foto: Glauco Araújo/G1)
Quando parte dos manifestantes tentou derrubar o gradil, os PMs usaram bombas de gás e balas de borracha para dispersar a multidão. Os manifestantes seguiram para a Praça Panamericana, onde depredaram um supermercado, um banco e uma lanchonete. Houve confrontos com a PM.
⁠⁠⁠Pedaço de ferro preso no vidro da agência bancária na Avenida Pedroso de Morais (Foto: Glauco Araújo/G1)
⁠⁠⁠Pedaço de ferro preso no vidro da agência bancária na Avenida Pedroso de Morais
 (Foto: Glauco Araújo/G1)
Mascarados seguiram pela Avenida Pedroso de Morais, em Pinheiros, derrubando placas e colocando fogo em barricadas. Outros bancos foram depredados. Houve novos pontos de conflito até o Largo da Batata, onde o ato terminou. Lá, pontos de ônibus foram depredados.
Manifestantes picham região da Rua Pedroso de Morais (Foto: Glauco Araújo/G1)
Manifestantes picham região da Rua Pedroso de Morais (Foto: Glauco Araújo/G1)
Fonte: G1

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