Americana condenada por morte de britânica falou a programa da ‘ABC’.
Ela foi condenada a 28 anos e 6 meses de prisão.
Em sua primeira entrevista após ser condenada a mais de 28 anos de prisão em um novo julgamento na Itália, a americana Amanda Knox disse que “não podia acreditar no que estava ouvido” quando recebeu o veredito da corte, que a declarou novamente culpada de assassinato. A entrevista foi transmitida pelo programa “Good Morning America”, da rede de TV “ABC”.
“Aquilo me atingiu como um trem. Não esperava que fosse acontecer. Eu realmente esperava muito mais do sistema judicial italiano. Eles já haviam me inocentado antes”, disse Amanda, claramente emocionada.
A voz da jovem falhou em diversos momentos da entrevista. “Não voltarei voluntariamente à Itália. Vou lutar contra isso até o fim. Não está certo e não é justo”.
A americana foi considerada culpada no segundo recurso do julgamento do assassinato de Meredith Kercher – a jovem britânica de 21 anos encontrada morta por esfaqueamento em uma república de estudantes, em novembro de 2007. Amanda foi condenada a 28 anos e seis meses de prisão e seu ex-namorado Raffaele Sollecito, a 25 anos. A sentença saiu nesta quinta-feira (30).
Amanda ficou quatro anos presa na Itália após ser condenada pela morte. Em 2011, entretanto, ela e e Sollecito haviam sido absolvidos do crime - em segunda instância, após uma primeira condenação. O crime voltou à tona em 26 de março de 2013, quando o mais alto tribunal criminal da Itália anulou a absolvição de Amanda e ordenou um novo julgamento.
Bastante nervosa, ela relatou ter passado por “ondas de reação” e que só chorou à caminho do programa de TV. Ela disse ter conversado com um padre italiano que conheceu na prisão e com quem manteve contato.Na entrevista desta sexta, Amanda disse que acompanhou o julgamento por uma TV italiana via internet. Ela originalmente pretendia esperar que seus advogados a informassem do resultado, mas decidiu não esperar.
Também nesta sexta, a família de Meredith Kercher declarou estar em busca da verdade sobre a morte da jovem.
"Ainda estamos em busca da verdade. Pode ser que nunca saibamos o que ocorreu naquela noite, e devemos aceitar esta situação", declarou Stephanie, irmã de Meredith, em uma coletiva de imprensa em Florença.
Agora estudante na Universidade de Washington, Estados Unidos, Amanda já havia divulgado um comunicado dizendo que estava confiante de que seria absolvida novamente. A Suprema Corte de Cassação da Itália decidiu que o tribunal de apelações em Florença deveria voltar a julgar o caso.
Se as apelações finais forem acolhidas, nem Amanda nem Sollecito irão para a prisão enquanto a mais alta corte da Itália não pronunciar seu veredicto, o que deve ocorrer em 90 dias.
Amanda teria de ser extraditada para cumprir a pena, o que é pouco provável que vá ocorrer. A corte proibiu Sollecito de deixar a Itália.
Entenda o caso
Amanda, agora com 25 anos, e Sollecito, 29, foram presos logo após o corpo de Meredith ser encontrado em 2007 com a garganta cortada e em meio a uma poça de sangue em seu quarto em Perugia. Amanda e o ex-namorado dividiam o apartamento.
Amanda, agora com 25 anos, e Sollecito, 29, foram presos logo após o corpo de Meredith ser encontrado em 2007 com a garganta cortada e em meio a uma poça de sangue em seu quarto em Perugia. Amanda e o ex-namorado dividiam o apartamento.
Meredith, de 21 anos, estudante da cidade de Leeds, foi encontrada seminua e com 43 marcas de faca no apartamento que dividia com Amanda. Os exames dos legistas mostraram que ela também foi estuprada. A promotoria considerou que os jovens mataram Meredith durante uma noite de sexo, álcool e drogas.
Procuradores alegaram que Meredith foi vítima de um jogo sexual. Amanda e Sollecito negaram as acusações e disseram que eles não estavam no apartamento naquela noite, embora tenham admitido que fumaram maconha e que a memória estava "nublada" naquele dia. Um homem da Costa do Marfim, Rudy Guede, foi condenado pelo assassinato em um processo separado e está cumprindo uma sentença de 16 anos.
Amanda e Sollecito foram inicialmente condenados pelo assassinato e a penas de prisão longas, mas foram absolvidos em segunda instância em 2011. Depois de quase quatro anos atrás das grades, na Itália, Amanda retornou a sua cidade natal, Seattle, e Sollecito retomou seus estudos de ciência da computação.Fonte:ABC
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